quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Cinco dicas para um bom projeto de armazenagem


Houve um tempo que os armazéns eram chamados de depósitos. Lá era o local onde a empresa jogava as coisas que seriam guardadas, para um dia serem vendidas. Neste tempo não se falava em logística.

Hoje em dia, a visão é bem diferente. Os armazéns ou almoxarifados muitas vezes vão ser o diferencial competitivo das empresas que buscam oferecer um alto nível de serviços. Mesmos com todo avança da logística no Brasil e no mundo, ainda alguns almoxarifados não possuem características construtivas de alto padrão.

Nas vezes que precisei identificar pontos de apoio a distribuição, tive dificuldade de encontrar galpões de qualidade e regulamentado. Das ofertas nas regiões procuradas, a qualidade era sofrível, dado a características do pé direito, do piso, da cobertura, da inexistência de docas e de infra-estrutura para o sistema de informação.

A produtividade e a eficácia na operação logística são dependentes da qualidade construtiva do galpão e nestes últimos anos muitos condomínios logísticos foram construídos em São Paulo.

Para aqueles que buscam investir na construção de galpões de qualidade considere estas cinco dicas básicas que precisam ser atendidas no galpão do futuro.

Dica 1 – Verticalização da armazenagem
Dica 2 – Mecanização do processo de movimentação
Dica 3 – Facilidade de carregamento utilizando Niveladores de Docas
Dica 4 – Proteção ao produto contra infecções e intempéries.
Dica 5 – Sistema de Informação eficiente

A dica número 1 trata da questão da verticalização da armazenagem. O pé direito de 4 ou 5 metros já não atende as necessidades de empresas que possuem empilhadeiras elétricas retráteis para elevação de 9 a 12 metros, Considere que estas empilhadeiras estão cada vez mais populares. Com a globalização, qualquer empresa tem acesso a estes equipamentos. Os preços estão menores e o desenvolvimento tecnológico nesta área segue em passos largos.

Além de tudo, com a popularização da produção industrializada de vigas e colunas com concreto de resistência controlada que possibilita grandes alturas e o preço cada vez maior dos terrenos, está ficando muito fácil atender esta necessidade.

As empresas estão percebendo que a verticalização possibilita uma melhor organização dos almoxarifados. Esta organização permite aos operadores realizar a separação dos pedidos de forma rápida e assertiva, trazendo produtividade e melhoria do nível de serviço.

A dica número 2 trata da questão do modelo de operação que se dará no galpão, impondo desta forma a utilização de pisos com alta resistência, para suportar o peso de pilha de 10 a 12 metros de produtos e com capacidade de resistir o impacto das rodas das empilhadeiras.

O impacto este que provoca o desgaste a abrasão. E este era o problema existente nos galpões do passado. Juntas, desníveis, degraus, ângulos não serão permitidos nos galpões do futuro, que devem ter seus pisos com qualidade e características diferentes.

A dica número 3 trata da utilização de docas e dos niveladores de docas, quase sempre ausente nos galpões do passado. Em um mercado que encontrar um galpão regularizado é uma raridade, com doca então, isto se torna uma proeza. Diante disto, muitas empresas acabam optando por construir seus próprios Centros ou Pontos de Apoio a Distribuição. Para quem busca investir na construção galpões para venda ou locação, pode estar certo que este recurso valoriza muito as instalações. Docas e niveladores são os diferenciais que criam valor.

A dica número 4 trata de como o galpão possibilita a preservação do produto no tocante a segurança, infestações de roedores, insetos e intempéries. Os avanços tecnológicos das coberturas estão permitindo espaços com um mínimo de colunas e com uma grande estanqueidade evitando umidade ou goteiras que muitas vezes condenam o produto para venda.

Diferente do passado quando as coberturas eram suportadas por tesouras de madeira com telhas cerâmicas ou a aberração do cimento amianto ou fibro cimento. A qualidade das construções deve também inibir o crescimento de colônias de roedores ou de insetos através de fechamento hermético.

A dica número 5 trata de possibilidade de instalações de redes elétricas, telefônica e lógica. Um grande problema que as empresas encontram hoje é como fazer as instalações. Duas situações podem atender o futuro. Ou através de redes sem fio, como os sistemas de radio freqüência e “wireless”, ou a utilização de pisos elevados. Muitos estão apostando nas redes sem fio que já está se popularizando e os custos estão cada vez menores.

O estudo de tendências demonstra que os novos galpões vão certamente permitir as empresas o avanço da logística. Combinando os investimentos privados nos pontos de armazenagem com a melhoria da infra-estrutura de transporte o custo Brasil será competitivo com os dos países mais desenvolvidos da economia global.

Veja o Estudo de Caso de Construção de Centro de Distribuição: